terça-feira, 8 de setembro de 2015

Começou...

Apresentação... Gostaria de dar um alô aos/às que me leem aqui, passaram-se alguns dias (para não dizer muitos) desde minha última postagem, mas eu voltei. Esse blog foi criado com objetivo de atender às demandas de uma determinada disciplina que cursei no 4º período de minha graduação em pedagogia (calma, ainda não concluí) e agora que estou no 6º período o retemo com o mesmo objetivo, atender às demandas de uma outra disciplina. Então vamos retomar os trabalhos. A disciplina que agora curso é a primeira de uma série de três, sendo todas de estágio. Peguei na última semana minha carta de autorização de estágio e a levarei às duas escolas em que farei minhas observações e futuras intervenções e se quiser, pode acompanhar o andamento do processo por aqui.Enquanto isso, veja que matéria interessante sobre a importância do estágio. Sigo meu caminho, bjus.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Aulas de 10 a 15 - Por uma política da diferença...em respeito às diferenças...

Neste texto quero apresentar minhas reflexões, um resumo a partir da leitura do texto proposto, "Por uma política da diferença" de Elizabeth Macedo e de análises feitas a partir da matéria "Dez anos de cotas nas universidades brasileiras: o que mudou?". O texto proposto trata sobre questões referentes aos conceitos de multiculturalismos e faz uma análise desses conceitos a partir na realidade brasileira. Propõe-se a pensar como tais conceitos afetam as "ações afirmativas" e discussões realizadas pelos movimentos sociais, principalmente o movimento negro no Brasil. Compreendendo que as diferenças mais presentes e discutidas de forma tolerável pela sociedade sejam as raciais e de gênero, pois as demais (sexualidades, socioeconômicas, religiosas, entre outras) são ignoradas, ainda não foram desgastados os debates sobre as políticas reparatórias, como as cotas raciais, que ainda são entendidos como benesses. Sob argumentos vazios de que tais políticas funcionariam apenas como uma reparação momentânea ou de que isso causaria um empobrecimento dos cursos acadêmicos, ainda vemos uma resistência às políticas de cotas, ainda que as mesmas já tenham alcançado de forma distributiva outros segmentos, como alunos oriundos de escolas públicas. Acredito que a maior dificuldade para a aceitação de que as cotas não não uma benesse e justamente compreendê-las como uma reparação das muitas desigualdades ainda presentes em nossa sociedade. Uma outra dificuldade é o entendimento de que tais políticas visam apenas facilitar o acesso de indivíduos que de outra forma não o alcançariam, pois socialmente são limitados à educação de baixa qualidade, o que dificulta o acesso por meio do vestibular amplo. A permanência de tais indivíduos dentro do espaço acadêmico ainda depende unicamente do esforço individual e não se pode ignorar que o rendimento de tais alunos nada deixa a desejar aos demais, contrariando o senso comum que define cotistas como menos capacitados.
A facilitação do acesso de indivíduos por meio das cotas também não os torna menos empenhados na permanência no ambiente acadêmico, pois já ficou provado que o índice de evasão dos cotistas também é menor. As cotas apenas serviram para demonstrar que as universidades públicas ainda são um ambiente elitizado, excludente e racista.
A exclusão ainda existe, ela permitiu que negros e pobres entrem nas universidades, mas ela ainda define para quais cursos eles podem ir e para quais eles não podem. As políticas de reparação em um país que discursa ser "multicultural" acabam por denunciar e desmascarar a ainda resistente hegemonia branca, machista e heterossexista. O reconhecimento de uma pluralidade cultural brasileira ainda depende de mudanças em nossas concepções e entendimentos sobre respeito à diversidade humana, pois "igualdade" não é o oposto de "diferença".
Tenho direito de ser igual quando a diferença me inferioriza. Tenho direito de ser diferente quando a igualdade me descaracteriza. (Boaventura)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aula 9 - Escola Pública...reflexo de uma sociedade desigual.

Que a escola é parte da sociedade todos já sabemos. Que ela não está alheia aos sistemas político, social e econômico, também já é de conhecimento de todos. Mas acredito que a maior surpresa que se apresenta a cada um de nós é a de que ela é talvez a maior reprodutora das desigualdades sociais da contemporaneidade e a escola pública não está isenta. Chega a ser assustador que o ensino fundamental, que ainda é o direcionado às classes mais empobrecidas, seja tão depreciado em relação ao ensino superior, não que este tenha um tão excelente tratamento. A mesma diferença se pode notar entre os cursos que formam "elites" e os que formam a mão de obra qualificada para o mercado capitalista. Dentro do ensino fundamental as desigualdades não são menores. A escola ainda trata de forma diferenciada o negro e o branco, o masculino e o feminino, o que se enquadra dentro de um padrão social aceitável do não tão aceitável assim. A escola, e entenda-se como sendo todo o corpo ideológico que a compõe, ainda é uma instituição que exclui de forma cruel. E para legitimar essa exclusão ela usa os instrumentos que tem, principalmente os institucionais como as avaliações nacionais, estaduais, municipais e todas mais que forem criadas.
E como mudar então? Qual o caminho? Pretende-se uma real mudança? Vamos pensar a partir daqui...

Aula 8 - Aprovação e Reprovação...avaliação a partir de processos mais amplos.

Partindo dos números oficiais extraídos do site www.qedu.org.br é possivel fazer uma análise dos resultados alcançados nas avaliações nacionais, censo e inclusive comparações entre municípios ou mesmo escolas. Espero que você consiga compreender e refletir a partir do que foi apresentado.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Aulas 6 e 7 - Reprovação escolar...fracasso de quem?

Partindo das questões levantadas em "Repetência: um erro que se repete a cada ano" é preciso pensar se o fracasso é realmente do aluno. O processo educacional não é formado por um único agente, no caso o aluno e sim pelo esforço conjunto de diversos agentes, entre eles a família, a escola e os próprios educadores. Em um processo onde o envolvimento é conjunto, como culpar apenas um agente no caso de um possível fracasso?
Em um país com tantas desigualdades sociais e um verdadeiro descaso com a educação pública, chega a ser cruel culpar a ponta mais frágil (o aluno) desse emaranhado de situações por um suposto fracasso escolar. O maior problema talvez seja não se levar em conta o extremo empenho que existe por parte de crianças que enfrentam a falta de apoio em casa, que nem sempre ser dá pelo desinteresse da família e sim pela falta de tempo ou condições para tal; pela pouca estrutura existente nas escolas e nesse caso se deve principalmente pelo baixo investimento do poder público; o despreparo dos profissionais, já que com a necessidade de cumprir uma dupla ou tripla jornada de trabalho na esperança de melhorar sua renda pouco tempo lhe sobra para planejar e menos inda para dar atenção específica aos casos mais "graves", sejam de indisciplina ou de aprendizado e não se pode esquecer que a escola, enquanto instituição dedicada ao ensino e transmissão de valores sociais, não é uma ilha isolada no meio de todo esse processo. Existem outros agentes que precisam estar envolvidos. É preciso pensar que os números são frios e não refletem a complexidade dos fatores ocultos por eles. A repetência escolar representa um fracasso não só do aluno e sim de todos envolvidos no processo educacional.

Aula 5 - Projeto Político Pedagógico...esperança presa ao passado?

Quando se fala em "PPP" surgem diversas ideias e concepções, entre elas a de que é uma "construção coletiva", é a "alma da escola" e principalmente de que seria um "norteador na construção do futuro da escola". Seriam todas essas expressões o reflexo da realidade ou apenas mitos? Como pensar o "PPP" dentro da realidade institucional da escola? Dentro da concepção de projeto, como sendo algo ativo e que aponta para além do presente, é preciso pensar nas propostas que a escola tem e como pretende interferir ou dialogar com a comunidade onde está inserida. Mas para te auxiliar na compreensão do que exatamente é e como deveria funcionar um PPP, assista a esse vídeo... Então, acredito que deu pra perceber que não adianta achar que depois de composto o documento ele pode ser engavetado e esquecido. O PPP precisa ser um documento acessível à toda a comunidade escolar, que precisa ser revisado constantemente ou perderá sua funcionalidade e que não pode ser imposto, mas sim construído com a participação de tod@s que serão afetados por ele.