terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aula 9 - Escola Pública...reflexo de uma sociedade desigual.

Que a escola é parte da sociedade todos já sabemos. Que ela não está alheia aos sistemas político, social e econômico, também já é de conhecimento de todos. Mas acredito que a maior surpresa que se apresenta a cada um de nós é a de que ela é talvez a maior reprodutora das desigualdades sociais da contemporaneidade e a escola pública não está isenta. Chega a ser assustador que o ensino fundamental, que ainda é o direcionado às classes mais empobrecidas, seja tão depreciado em relação ao ensino superior, não que este tenha um tão excelente tratamento. A mesma diferença se pode notar entre os cursos que formam "elites" e os que formam a mão de obra qualificada para o mercado capitalista. Dentro do ensino fundamental as desigualdades não são menores. A escola ainda trata de forma diferenciada o negro e o branco, o masculino e o feminino, o que se enquadra dentro de um padrão social aceitável do não tão aceitável assim. A escola, e entenda-se como sendo todo o corpo ideológico que a compõe, ainda é uma instituição que exclui de forma cruel. E para legitimar essa exclusão ela usa os instrumentos que tem, principalmente os institucionais como as avaliações nacionais, estaduais, municipais e todas mais que forem criadas.
E como mudar então? Qual o caminho? Pretende-se uma real mudança? Vamos pensar a partir daqui...

2 comentários:

  1. Marcos,, você pontua questões interessantes para o debate. Sugiro que as aprofunde a partir do texto lido. Apresentei ao leitor que trata-se de uma postagem em que comenta o referido texto. Colocar o título e a autora, bem como o link, é bem importante... Torna sua postagem em um hipertexto! Pense a respeito!
    Abs
    Ivan

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  2. A questão das desigualdades produzidas no interior da escola, realmente, estão para além das questões quantitativas apontadas pelas avaliações de qualquer natureza. Ela abrange não apenas o tratamento dados aos alunos, também podemos incluir nessas desigualdade o tratamento perverso e degradante dispensado aos professores. Você já observou que a maioria dos cursos de formação estão nas escolas públicas da periferia? E que, até mesmo na organização do ENEM a maior parte das vagas é para o curso de Pedagogia? A classe "dominante" preparada durante anos em boas escolas e ótimos cursinhos, apresenta bom desempenho na referida avaliação. E o aluno pobre? Faz curso normal e vai ser professor. Recebe remunerações aquém de sua qualificação, é estigmatizado pela sociedade, visto como sub-profissional. O que dizer desta realidade? A exclusão e o preconceito sofridos pelos professores talvez contribuam para que a escola seja um local legitimador (em alguns casos) das desigualdades.

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